Transporte

Rodoviários paralisam nesta sexta-feira

Manifesto ocorre em protesto pelo não pagamento do dia 31, como ocorria há mais de três décadas em Pelotas

Leandro Lopes -

Agora é oficial: os rodoviários paralisam as atividades nesta sexta-feira. Os empresários do transporte coletivo de Pelotas confirmaram: não irão retomar a forma de cálculo e os salários não terão valor diferenciado nos meses de 31 dias, como ocorria há mais de 30 anos. Com a posição, os trabalhadores realizam protesto, cruzam os braços e prometem não levar a frota de ônibus para as ruas.

"Havia um erro e poderíamos ter corrigido essa forma esdrúxula de pagamento sem compensação", destaca o representante jurídico das empresas, Enoc Guimarães. E argumenta que, se por um lado os funcionários deixarão de receber um dia a mais de trabalho sete vezes, até a próxima data-base - a contar de dezembro de 2019, como já ocorreu, além dos meses de janeiro, março, maio, julho, agosto e outubro de 2020 -, por outro, tiveram redução da carga horária nos domingos e feriados sem alteração de valores. Irão trabalhar uma carga de seis horas e não de sete horas e 20 minutos, sem prejuízos financeiros.

"Não tínhamos como continuar fazendo algo errado", reitera, ao fazer referência a antigos contratos de trabalho, da década de 1980, que teriam definido pelo formato de pagamento por hora e passaram a ser reproduzidos por mais de três décadas, sem questionamentos.

Mobilização da categoria

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas, Claudiomiro do Amaral, garante que a alteração não foi debatida com a patronal. Portanto, o tema acabou não entrando nas discussões das assembleias gerais que aprovaram a nova convenção coletiva, em vigor desde novembro. O fato de o documento mencionar as palavras piso salarial 'mensal' não teria sido suficiente para o entendimento de que as horas trabalhadas nos dias 31 deixariam de ser acrescidas aos salários.

“Sexta-feira, então, a categoria cruza os braços e não vai trabalhar. O motivo é porque se não se paga, não se trabalha. Então, se a gente não vai receber o dia 31, optou por também não trabalhar”, argumenta o líder sindical.

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